Se pudesse dar uma forma a voz que vive na sua cabeça, como ela seria?

A consciência de Zerocalcare tem a forma de um tatu gigante, que conversa com ele e as vezes aponta saídas um tanto duvidosas.

A série é curtinha, e os episódios duram aproximados 20 minutos cada, mas é possível retirar nesse curto espaço de tempo, algumas lições importantes sobre a vida adulta.

A primeira delas é sobre o quanto nos identificamos com Zero. Apesar de sua consciência ter a forma de um tatu, certamente ela funciona como a mente de muitos de nós. Nos diz coisas que gostaríamos de acreditar, nos coloca medo para nos deixar em alerta e em diversas vezes nos faz acreditar que aquilo que percebemos e parece ser óbvio e real seja apenas fantasia de nossas vontades. – Nesse caso, me refiro ao amor que Zero sente por Alice mas que não revela a verdade a ela – .

Outra reflexão que animação trás refere-se as nossas escolhas profissionais e como elas surgem. Zero conta como foi foi seu primeiro emprego e claro os impactos disso em sua vida na atualidade. Além dos trabalhos de seus amigos Sarah e Secco. Ele ainda faz alguns questionamentos sobre a dificuldade em se encontrar um emprego e como é a vida de uma pessoa adulta que mora sozinha (não tem como não se identificar).

E para além de reflexões práticas sobre a vida, não podem faltar os dilemas emocionais dos quais todo mundo passa. Os amores, correspondidos ou não e o apoio que as vezes damos outrora recebemos.